sexta-feira, 6 de junho de 2008

Diário vazio 30.05

Corpos desfilam orgias, promiscuidada, gritos de extase, redemoinhos de carne unidos na cúpula. "Deretam as alianças e transformem em um falo de ouro". Zumbis buscam o sexo sem amor, a simulação, superficialidade.
O multiplo que se confunde com o uno
- Derrubem a monarquia! Queremos o comunismo erótico, respondeu em embriagez coletiva.
Os corpos em abandono. Grupos se arastam para o centro...dividir o vazio, desejos multiplos, desejos únicos, ausência do amado, tortura, infidelidade.
- Eu renúncio! - gritou o corpo traído.
Decidiram comer a si mesmos. Facas entram na carne, sangue...zumbis autistas comem a si mesmos.
voltou para casa e dormiu em redundância.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Diário vazio 07.05

Semióticas teceram um tempo imagem em quanto linguagens sentavam nos cantos. Os signos saltaram dos orgãos. Protestos, convulsões, histerias... tudo em silêncio. Apenas úlceras abriam nos corpos. sangravam por dentro. As mãos cortavam com ordens os signos, desconstruíram repertórios, afirmaram a lei. Mãos apertaram os orgãos, olhos intimidavam o corpo, violados expandiam secreções.
- Não temos culpa! - olhou enquanto zumbi.
- Cale a boca! - espancou o córtex.
Objetos discriminatórios estão nas linhas corpos-olhares-dreads-cor. Os signos caminharam em ordem. Partículas apassivadoras estavam "entre", castrados e castrações. O Estado, o....o....o...corpo todo....máquina administrativa...desenraizam máquinas abstratas com potências, devir ratazana, devir camarão, devir urubus. Descaracterização territorial, planos, direção, estratos.
Decidiu não voltar para casa...dormiu sobre processos.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

terça-feira, 15 de abril de 2008

Diário vazio 16.04

Espantados pela própria multidão, escondem os olhares. Ruas-elevadores! Ruas-de-quatro-lados, ruas-prisão. Continuaram a caminhar em constrangimento. Cobertos de mascaras coloridas em desenhos de expressão. Apage seu rosto! Não quero que me vejam! Retirem as mascaras ou poderão ser descobretos! - diziam os corpos nos elevadores-rua.
Gestos incoscientes, inveja, elegância, batalhas espontaneas determinam o toque. - o que seu corpo diz? - recuou o corpo e contraiu as sombraselhas. Decidiu não tentar responder como fazia sempre não respondendo por não ter resposta mesmo pensando ter.
Constrangidos olhavam para frete enquanto passavam pelos andares. “eu quero me comunicar”, “venha falar comigo”...continuava em intesidades os corpos “quero espaço” meu corpo estava neutro, petubava as obviedades. Negros sulistas, insultos, olhares do norte. Corpos aguardam o gozo em silêncio, figem o prazer, mentem, gritos e gemidos cantam melodias sem sintonia.
- volto para o infinito circulo...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Diário vazio 04.04

Quanto espaço…espaço o quanto…entre corpos…e ruas…comunicação extraverbal. Pupilas inconscientemente dilatam ao prazer. Cinestesia. Limites entre lábios determinam. Limites entre si e a gordura. Quero engordar e ficar de saco cheio! – gritou o zumbi sem dizer alto... sistemas de comunicação produzem em corpos linhas de fuga; enquanto afirmam pontos de vista.

Traços de linguagens não refletem movimentos inconscientes combinam sem pretensão as linhas de tenção, propõem barreiras culturais. Herança de comunicação. Signos, espécies ...nascimento ...contínuos.

Aparadores tocam corpos em passagem enquanto corpos dizem. Não me toque! - Rugiu o corpo sem saber. Ausentes ao toque. Territórios intocáveis, vácuos em pontos e espaço.
- você pode se afastar? – perguntou agressivo ao outro que estava afastado.
- não posso! - disse o segundo...bebeu mais um gole e tirou o maço de cigarro do território alheio.

Sofreu de tempo aquela noite. Varrido pelo Próprio signo...destrinchado em sonhos...dormiu acordado.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Diário vazio 24.03

Forjas de aço lapidavam floretes de laminas afeadas. Cortem os corpos! Homens-cavalo dominavam o mineral. Apenas trigo e aço. Nada mas que biomas, espaços, domínios.

Dominados por estratos, zumbis, perdem cabeças-braços-pernas. Continuam...caminham....não param...levantam a bandeira com promessa do fim.

Penitentes determinam o padrão; escravizam-se em meios de ordem; sobre julgam griôs. Por correntes sedimentadas e estratificadas povos são derrotados por falta de minérios.

América ensangüentada.

Corpos de realidades apunhaladas pedem o “eu” em cima do próprio corpo. Codificam o corpo-diversão em incorpóreo, “corpo-prisão”. Pontas finas sangram secundárias, enquanto espontaneamente são pisoteadas por fábricas de cogumelos.

- A vida por um....(parou vazio sem saber por quem) – disse e continuou com a espada levantada até que moscas coagularam seu sangue.

sábado, 15 de março de 2008

Diário vazio 17.03

Busca e, apenas. A ausência de um sistema nervo (pausa) não administre os organismos! deixem-nos ausentes de influências, (bicho, homem 0001 pag 8) o encéfalo posterior solitariamente caminha por pontes. Entre o espaço subaracnoideu depressões sustentam células nervosas em espinhas dorsais. As chuvas de março trazem zumbis para as calçadas, primitivos movimentos olham sem córtex, traços devonianos de eras primárias esperam evolução.

O elipsóide rodopia em cima de eixos enquanto perdidos gritos pintados e presos nos quadros sem paredes estão em fotos que vendem miséria. Durante os ventos ficam presos, frio, mal conseguem olhar, passam as águas de março. Zumbis evitam as ruas com medo de derreter. Permanecem em seus espaços e deixam vazias ruas.

- voltaram para casa? Ou o mal tempo não os deixou no vazio. Vamos pedir as estações que mantenha calmas as vidas com chuva nos corpos! – parou e olhou as nevoas das gotas e achou bela a paisagem. Pediremos as chuvas que não parem precisamos hidratar a vida.

Uma explosão de felicidade impedia a continuidade da narrativa.

Diário vazio 14.03

Placas chocam-se (glindam) entre margens balsâmicas, magmas ensurdecem a pangea. Linhas de tempo assopram sedimentos nos corpos formando vácuos. Jovens ruas classificam o pré-cambriano, apagam o tempo. Habitam, impõem, estratificam...bombardeio de imagens recortam continuum de corpos sem órgãos, sem corpos.

Secos de corpos secam com a terra em ozônios infinitamente dispersos. Zumbis metamorfoseados de quartzo, sedimentam egos, eus, possessivos, pronomes, anelamento de imaginários.

Orogenias do norte impõem pangeas virtuais, estratificam sonhos, cooporatizam desenhos.

- retirou a rolha da garrafa...bebeu para...e fumo como. – sorriu enquanto segurava duas pedras, conversaram historias, trocaram tempo.

Voltou para casa, a rua vazia...sem pedras no caminho, sem caminhos de pedras.

sábado, 8 de março de 2008

Diário 08/03/08

As mãos estendidas pedem perdão, mendigos de palavras pedem..."paz" – avisem, apontem.

Côncavos caminhos dificultam as linhas paralelas ao início de tudo. Enfileirados seguram pâs, cortam passos por viadutos, abrem covas. Zumbis contaminados separam o corpo da terra. Zumbis empobrecidos adubam o solo. O tempo ainda faz, a noite ainda é, os casebres estão.

- tropeça no morto caído que fala. – são que horas?

Olho para o asfalto e respondo para as pedras sufocadas. O fio e meio se divide em dois... o corpo cai. Desço para ver...placas afloram rochas magmáticas, derrubam os casebres, aterram a história alguma. Continuo fora, dentro, entre...um vento continental de malvinas correntes recuperam estratos do asfalto.

sábado, 1 de março de 2008

Diário vazio 22.02


De ollhos fechados, ruídos não cortam a comunicação, abrem planos de consistência magnetizando os pólos e faixas continentais em meridianos intensos. Continuo de olhos fechados, continuo de olhos fechados...repito...repito...mas a tranqüilidade transcende como um sonho. Escapa aos dedos. Os olhos se abrem fortemente doloridos e fracassados sem em peste interior. Desiste de tentar provocar a calma onde há caos de vampiros. Parem as cabras cegas.
- Quer descer? – disse a si mesmo esperando resposta.
- Seria interessante caso o corpo quisesse. – respondeu a própria resposta.
- Daremos uma oportunidade ao acaso da escolha. Agora..., descer para Joaquim silva (vazio,vazio – infinitamente círculos vazios rodopiam vácuos de tempo) – bate o cigarro em um cinzeiro direto .
Fecha novamente os olhos em direção...apenas isso....direção...e....e....e...ooollllelelele...roda ciranda...roda ciranda...pé...chão. os braços tocam a sombra na parede, entre as margens se chega ao fim...ou meio...no começo de penúltimo novo córrego cristalino do sonho.
Olho para frente o vejo o agora. Percebo que fui enganado pelo sono e ainda disse sem saber o que, até desistir de tentar. Fecha os olhos nunca abertos .